domingo, 16 de maio de 2010

Homenagem aos pracinhas de Curitiba

O nosso Estado esteve na sangrenta Segunda Guerra Mundial também. Este ano marca os 65 anos da tomada de Monte Castelo, a batalha símbolo do Brasil em campos italianos e que até hoje é sinônimo de vitória e coragem dos nossos praçinhas.
No dia do pracinha, 12 de abril, celebramos a memória de todos eles!
Do total de 25 mil soldados e oficiais brasileiros que estavam em campos de batalha na Europa, 1360 eram do Paraná, 204 eram de Curitiba e, do montante dos soldados do nosso Estado, 34 morreram no front.

O Museu do Expedicionário presta esta homenagem aos soldados constantemente. O símbolo mais imponente da praça que leva o mesmo nome do museu é uma raríssima unidade do avião Thunderbolt P-47 pilotado pelo gaúcho Alberto Martins Torres. O artefato está na praça desde o dia da aviação de 1969 (23 de outubro) e, ao todo, a aeronave fez mais de 100 missões em céus italianos.


O início
O museu foi criado na verdade um ano após a guerra, em 1946, como a Casa do Expedicionário. O objetivo era ajudar os ex-combatentes paranenses e o acervo de guerra foi considerado o mais completo do Brasil sobre a gande guerra. Fotografias, roupas de diversos batalhões de diversos países, mapas de guerra, bússolas e até mesmo uma bandeira nazista capturada pelos soldados estão em exposição.
Também é possível ver de perto armas, equipamentos individuais e coletivos e outros objetos da Força Expedicionária Brasileira, da Força Aérea Brasileira e da Marinha de Guerra do Brasil.
Além do avião já citado na frente da praça, estão no local uma lápide homenageando os praçinhas mortos em combate, um veículo de guerra da FEB, uma âncora e um torpedo da Marinha e um obus (um tipo de canhão) capturado dos alemães.

O conflito foi muito traumatizante para todos os que voltaram. Veja só o depoimento de ex-combatente ao chegar em Curitiba!
“…quando atravessávamos a Praça Tiradentes, dei o vexame. Havia ali uma parada de bondes. Ao passarmos pelo local, um deles foi saindo e quando o motorneiro solta o freio, há aquele chiaço que todos conhecem. É muitíssimo parecido com o assobio de uma granada de morteiro de 88, dos alemães. Pois, meus reflexos ainda funcionavam perfeitamente. Distraído como ia, atento à pergunta de um dos repórteres, quando dei por mim estava agachado debaixo da carroceria de um caminhão… eu confundira o ruído do freio hidráulico com o sibilar de uma granada de morteiro 88!”

A figura central da nossa terra em campos de batalha
O maior herói da nossa cidade (por adoção, já que ele era de Rio Negro) foi o sargento Max Wolff Filho. Alvejado no peito e morto em campo, o comandante da infantaria blindada que tem foi um dos mais destemidos soldados da FEB. Acabou condecorados várias vezes pela sua bravura.
A rajada fatal de metralhadora acertou em cheio o peito do Sargento que uniu as mãos e caiu de bruços. Menos de uma hora antes, Wolff conversou com a filha de 10 anos de idade por rádio, sem saber que este pedido nunca seria atendido. No entando conseguiiu enviar um bilhete;
 Aos parentes e amigos. Estou bem. À querida filhinha, Papai vai bem e voltará breve.
As últimas palavras do sargento foram direcionadas a um dos seus fiéis soldados que acabara de lhe pedir uma faca. Sorrindo veio a resposta:
Tedesco não é frango.

Postado por Aroldo Glomb - Blog Curitibairros

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