quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Continuação da Montagem...



Continuando a saga da montagem dessa Caravela...
Depois de muita chuva, acabei conseguindo passar o primer, para corrigir alguma imperfeição no kit e consequentemente melhorar a aderência da tinta nas peças.








Agora estou fazendo uns testes com tintas para ver se acerto na diluição e na forma de pintura, assim que tiver alguma coisa postarei.

Abraços

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

140 radares por R$ 725 mil por mês!!!!!!!!!

              Consilux Consultoria e Construções Elétricas foi declarada ganhadora do processo de licitação para escolha da empresa que vai instalar e operar os radares em Curitiba. A Consilux foi a única aprovada na fase de avaliação técnica, entre sete concorrentes. Nesta sexta-feira (15) foi aberto o envelope com a proposta de preço da empresa. Por lei, as demais licitantes não puderam ter as propostas reveladas. De acordo com a diretora de Trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella, o contrato deve ser assinado em 2 de fevereiro e os radares vão começar a ser instalados – e a multar – em março.
              O valor total por mês do contrato será de R$ 725 mil, um desconto de 34% em relação ao preço máximo em edital, de R$ 1,096 milhão. Até que todos os equipamentos estejam funcionando, a Consilux vai receber um proporcional ao número de radares ligados. A empresa vai instalar e operar por dois anos, prorrogáveis por mais cinco, 70 equipamentos para medição de velocidade e outros 70 que também registram avanço do sinal do vermelho, parada sobre faixa de pedestres e conversões proibidas.
              O município vai economizar 10% no pagamento do serviço. Antes do desligamento dos radares atuais, em dezembro, a prefeitura desembolsava R$ 807 mil por mês. O número dos equipamentos era inferior (110) e eles não flagravam outras infrações além de excesso de velocidade.
              Outras seis empresas estavam inscritas no processo, mas foram desclassificadas por não obterem a nota mínima na avaliação técnica, em dezembro. Elas têm cinco dias para recorrer do resultado e mais cinco para apresentar suas razões. No entanto, segundo Rosângela, o recurso administrativo não vai alterar o resultado da licitação. Só depois desses prazos é que o contrato será elaborado e firmado entre a Consilux e a Urbs, empresa de economia mista responsável pelo gerenciamento do trânsito em Curitiba. Os radares serão instalados de acordo com o cronograma previsto em edital.
              Para o professor de direito constitucional da Unibrasil, Paulo Schier, a licitação desempenhou seu papel de trazer economia aos cofres públicos. “Além de obedecer aos princípios da administração pública, o processo licitatório promove a concorrência e, portanto, consegue preços menores. Essa é a solução que deveria ser empregada desde o início desse imbróglio”, considera.
Recurso
              A empresa Splice Indústria e Serviço, reprovada na fase técnica, está analisando a possibilidade de recorrer do resultado. “A possibilidade de mudar o resultado com recurso administrativo é muito pequena, por isso estamos estudando se é necessário entrar na Justiça. Só queremos isonomia de julgamento. Consideramos que a Consilux teve problemas em um dos testes, o que lhe renderia a desclassificação, mas isto foi desconsiderado pela comissão”, argumenta.
             A diretora de Trânsito da capital diz que não há possibilidade de revisão do resultado na esfera administrativa. “Elas podem entrar com recurso para requerer informações e nada mais”, afirma. Schier confirma que a única possibilidade para as empresas é a Justiça. “Elas têm o mesmo direito que qualquer cidadão de denunciar uma ilegalidade no processo, mas para isso precisam provar”, explica. “Se elas se sentiram lesadas pela avaliação técnica poderiam ter entrado com pedido de liminar para garantir a abertura de suas propostas. Como isso não aconteceu, aos olhos da Justiça elas não foram lesadas”, completa.

fonte: gazeta do povo

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Estaleiro

Continuo nas obras da construção da caravela, para ilustrar uma foto do "Estaleiro"..rsss





Abraços

Bens Tombados: Palacete Leão Júnior



Algumas edificações curitibanas precisam ser preservadas de qualquer forma. São construções históricas que contam a história da cidade em suas paredes, suas cores, suas funções originais e na sua arquitetura.

O Curitibairros agora vai começar a falar sobre os bens tombados contando um pouco sobre esses pontos históricos.

Qual a primeira parada?

É no número 530 da Avenida João Gualberto. Ali está o Palacete Leão Júnior, que foi erguido por Agostinho Ermelino de Leão (1866-1907) e Maria Clara de Abreu Leão. Antes do Palacete, os dois eram casados desde 1890 e tiveram muitos filhos.

Olha a escalação!
1. Agostinho (1891-1892)
2. Agostinho Ermelino de Leão (1892-1953)
3. Dolores Leão de Macedo (1894-1918)
4. Agílio Leão (1896- )
5. Ivo Abreu Leão (1898-1963)
6. Ruy Leão (1900- )
7. Maria Clara Leão de Macedo (1903-1980)
8. Luiz Abreu Leão (1906-1947)

Oito crianças precisavam de espaço, não é? Uma casa grande não era de fato um exagero, e sim uma necessidade. A história nos conta que Agostinho Ermelino de Leão Júnior acabou deixando o engenho de erva-mate que possuía na (hoje) Avenida João Gualberto na mesma época estava se casando para seguir até Ponta Grossa, cidade que lhe rendeu muito, muito dinheiro.

Mas ele retorna no final do século XIX à capital paranaense e começa a erguer o seu monumento. O badalado engenheiro Dr. Cândido Ferreira de Abreu (1856-1919), que era irmão de Maria Clara, esposa de Agostinho, montou todo o projeto. A família acabou mudando para o novo endereço em 1902 – e sabe-se disso por que a penúltima filha do casal nasceu na casa, em 1903.

Por que a casa é tão importante?

O Palacete Leão Júnior está localizado em terreno de 10.000 m2, o que hoje é quase algo impossível devido ao alto número de imobiliárias e construtoras – e em uma região central mesmo! Além do belo imóvel, é possível passear lá em um bosque de árvores centenárias.

Historiadores e estudantes de arquitetura com freqüência passam pelo local para admirar e estudar o estilo eclético do Palacete com características renascentistas e elementos barrocos e clássicos.

Vale dar uma parada do seu carro, ou dar uma subidinha a pé ou mesmo descer do Santa Cândida / Capão Raso para admirar esta preciosidade curitibana.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Estaleiro aberto!

Um Hobby antigo, que estava meio adormecido! Uma bela terapia!
Montando um Kit de plastimodelismo "Sir Henry Morgan" Pirate Ship, da Lindberg 1/160.

Algumas fotos do Kit:



 

algumas considerações, o navio já havia sido começado. Sendo assim tive que dar um banho de Fluído de Freio para poder retirar a tinta no casco que era a parte com maior carga de tinta. O resto do Kit apenas uma lavagem para posteriormente continuar a pintura, que pode ser reaproveitada.

Só sei que essa montagem irá dar trabalho!


Abraços

domingo, 10 de janeiro de 2010

Novo patrocínio "limpa" camisa do Racing

GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

Lançada oficialmente na última quinta-feira, a nova camisa do Racing, da Argentina, tem uma grande novidade. O clube vendeu a cota máster de patrocínio para o Banco Hipotecario Nacional, oriundo do mesmo país. E a empresa, que não revelou o valor investido para comprar espaço no uniforme da equipe, optou por não expor sua marca.

A justificativa da instituição financeira será uma das bases da comunicação do novo patrocínio. "Nós devolvemos a camisa à torcida" é o slogan que o banco vai trabalhar nas ações relacionadas ao Racing.

Mais do que a discussão sobre o banco comprar um espaço e não usá-lo, porém, a medida aquece um debate sobre os limites de uma cota máster de patrocínio. Será que a exposição na mídia é a única forma que as empresas encontram para obter retorno de um investimento desse porte? A despeito de o mercado brasileiro ainda ter a veiculação da marca como carro-chefe dos contratos e das negociações, o Racing serve como exemplo de que outros caminhos são possíveis.

"Arrisco dizer que tirar a marca da camisa é uma jogada pensada de marketing. Seguramente, virá toda uma campanha depois para reforçar essa posição. A visibilidade ainda é essencial, mas existem formas e formas de obter essa visibilidade", explicou Rafael Plastina, diretor de marketing da Informídia Pesquisas Esportivas, empresa especializada em levantamentos sobre exposição de marca no esporte.

A história sobre o início da negociação entre o banco e o Racing ainda é bastante nebulosa. Há versões sobre um pedido do ministro da Economia, Amado Boudou, e sobre a presença de torcedores do clube de Avellaneda na diretoria da instituição financeira. Independentemente disso, é importante que a atitude da empresa seja analisada de acordo com suas pretensões para o patrocínio.

Fundado no século XIX, o Banco Hipotecario tenta se estabelecer como uma entidade de serviços gerais, não apenas relacionados a créditos hipotecários. Para isso, uma aproximação com o público é fundamental. Mais do que fazer a marca ser conhecida, o patrocínio tenta diminuir a distância entre o torcedor comum e a instituição. Nesse sentido, abrir mão da exposição em prol de uma campanha que ressalta o orgulho parece ser uma atitude natural.

"Nos grandes clubes da Europa, a camisa é algo sagrado. A maioria tem patrocínios em apenas um local, e todos trabalham um conceito que é muito mais completo do que mídia. Isso mostra ao mercado que o clube tem uma gama enorme de alternativas, não apenas a marca no uniforme. O patrocínio não é o principal benefício que um clube oferece às empresas, mas sim a possibilidade de trabalhar um composto completo de marketing e comunicação", afirmou Amir Somoggi, da consultoria Crowe Horwath RCS.

Curiosamente, esses conceitos contrariam a prática que se tornou recorrente no futebol brasileiro. Desde que o Corinthians "fatiou" seu uniforme em 2009 e fechou com vários patrocinadores para compor o valor que esperava atingir com patrocínio, esse modo de negociar ganhou força entre dirigentes nacionais.

A própria diretoria do Corinthians admitiu várias vezes que preferia ter menos marcas em seu uniforme, desde que mantivesse o lucro atingido com os vários contratos. Esse pensamento norteou as negociações de patrocínio em outras equipes do país neste ano, como Avaí e Santa Cruz.

"Dividimos tudo. Repartindo, percebemos que podemos chegar a um valor de mercado bem mais interessante", disse Sérgio Travassos, gerente de marketing do Santa Cruz, sobre as cotas deste ano. O time pernambucano, que não tem participação assegurada sequer na Série D do Campeonato Brasileiro, fechou com Votorantim (peito), BMG (costas) e Shineray (mangas).

Sem a exibição de marca do patrocinador, a grande novidade da nova camisa do Racing foi a nova marca de fornecedor de material esportivo. O time argentino trocou a Penalty pela Olympikus, que já havia entrado no mercado do país sul-americano quando fechou com o Lanús.

Marca do título brasileiro do Flamengo agora vai vestir o Racing na Argentina

O Racing Club se movimenta para a sequência da temporada argentina após uma ótima campanha no Clausura 2009, seguida de uma participação ridícula no torneio Apertura. Entre seus reforços, o bom atacante argentino Bieler, campeão da Libertadores e da Copa Sul-americana pela LDU de Quito. E a Academia terá novo fardamento, com mais dinheiro em caixa.
















O clube deixa a Penalty e vai vestir uniformes de outra marca brasileira, a Olympikus, que forneceu material ao Flamengo na campanha do hexacampeonato nacional, ano passado. Com isso, o Racing sai de 1 milhão de pesos (cerca de R$ 460 mil) para 3 milhões de pesos (quase R$ 1,4 milhão) anuais, pagos pelo fornecedor de uniformes.


O clube de Avellaneda também foi o primeiro a receber patrocínio da Petrobras, quando a estatal do petróleo entrou no mercado argentino. Posteriormente, a empresa, que por 25 anos também patrocinou o Flamengo, levou sua logomarca para o River Plate.

Ao contrário da multinacional brasileira, o novo patrocinador do Racing, o Banco Hipotecario Nacional, preferiu "devolver a camisa à hinchada", não exibindo sua logomarca no uniforme da Academia — para ler mais a respeito, veja o próximo post-. Uma forma diferente de patrocinar um time.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


Será que temos outras cidades como Curitiba? Talvez com o mesmo estilo dos parques, ou mesmo com um sistema de transporte coletivo equivalente? Talvez não da maneira como estamos pensando, mas existe uma expressão: geminação de cidades.

O que seria a geminação de cidades? Este conceito mundial no Brasil é conhecida também como cidade irmã e nada mais é do que uma tentativa de criar uma relação econômica e cultural entre regiões distintas.

Ou seja, uma co-operação entre duas ou mais cidades para facilitar o turismo entre as mesmas. Esses acordos que determinam as cidades gêmeas usam sempre características semelhantes ou pontos de referências históricas comuns. Visa o intercâmbio cultural, de políticas públicas, de negócios e de turismo.

E Curitiba tem cidades irmãs!

A Lei Municipal de Curitiba nº 4.740, datada de 28 de dezembro de 1973, determinou em seu artigo primeiro:

Art. 1º É instituído o Título Honorífico de "CIDADE IRMÃ DE CURITIBA", com a qual a Capital do Estado Paraná, agraciará Cidades estrangeiras que se identifiquem no ideal de humanismo, cultura, civismo e outras características.

Quer um exemplo prático? A empresa uruguaia Pluna tem voos diretos para Montevidéu partindo de Curitiba e facilitando o trânsito entre as duas cidades. Mais do que uma formalidade, o conceito cidade irmã é uma oportunidade para negócios e turismo.

Segue portanto a relação de cidades irmãs de Curitiba. Uma boa dica para viajar, não é mesmo?

Flag of Paraguay.svg Assunção, Paraguai
Bandeira de Portugal Coimbra, Portugal
Flag of Argentina.svg Córdoba, Argentina
Bandeira da Polônia Cracóvia, Polônia
Flag of Mexico.svg Guadalajara, México
Flag of the People's Republic of China.svg Hangzhou, China
Flag of Uruguay.svg Montevidéu, Uruguai
Flag of the United States.svg Orlando, EUA
Flag of Japan.svg Himeji, Japão
Flag of France.svg Lyon, França
Flag of South Korea.svg Suwon, Coreia do Sul
Flag of Italy.svg Treviso, Itália
Flag of Bolivia.svg Santa Cruz de la Sierra, Bolívia

fonte: Blog Curitibairros, www.hagah.com.br

domingo, 3 de janeiro de 2010

Fla, Galo, São Paulo, Corinthians... Em público, pequenos ingleses ganham fácil

As médias de público do campeonato inglês são elevadíssimas. Dos 20 times que disputam a Premier League, 18 têm taxa de ocupação média de seus estádios acima dos 80%. Superior aos 90% são 13 clubes. Como seria a lista de maiores médias de público mesclando os registrados na "Terra da Rainha" e no Brasileirão 2009?

Pois o Flamengo, dono da melhor média no Brasil neste ano, seria apenas o sétimo. Ficaria atrás até do Sunderland, cujo estádio comporta 49 mil torcedores, capacidade bem inferior aos cerca de 80 mil que cabem no Maracanã, onde o campeão brasileiro manda seus compromisssos.

O Corinthians, dono da segunda maior torcida em território brasileiro, seria 24º entre 40 times. No Pacaembu cabem apenas 35 mil, de fato, mas um menor número de fãs comportam estádios de clubes como Wolverhampton, Blackburn, Fulham, Birmingham, Stoke City, Hull City, Bolton e Burnley. E todos ganham dos corintianos em presença média de torcida.

Recém-saído da segunda divisão, o Wolves, por sinal, supera em média de público o São Paulo, detentor da terceira maior torcida do Brasil e que há menos de um mês era tricampeão nacional. Detalhe: no campo do Wolverhampton cabe menos da metade dos que podem ir ao Morumbi. Já o Atlético ganha apertado do Aston Villa, cujo estádio é bem menor que o Mineirão.

Já o Wigan, com a pior média da primeira divisão inglesa, bate 14 integrantes da Série A brasileira. Claro que os britânicos têm salários mais altos e vivem em maior segurança, mas os ingressos, o transporte, a comida e a bebida lá são bem mais caros. Fato, a meu ver, é que o inglês vai ao estádio de forma quase incondicional. Já o brasileiro comparece mesmo quando o time está bem.

Confira os números com a média de público de cada times da Premier League até 29 de dezembro e no campeonato brasileiro de 2009:

1 Manchester United 74.901
2 Arsenal 59.882
3 Manchester City 46.101
4 Liverpool 43.403
5 Chelsea 41.384
6 Sunderland 40.552
7 Flamengo 40.036
8 Atlético-MG 38.761
9 Aston Villa 37.780
10 Everton 36.943
11 Tottenham Hotspur 35.803
12 West Ham 33.335
13 Wolverhampton 28.134
14 São Paulo 26.305
15 Blackburn 25.977
16 Fulham 24.345
17 Birmingham 24.268
18 Stoke City 24.193
19 Hull City 24.090
20 Fluminense 22.042
21 Cruzeiro 21.973
22 Bolton 21.439
23 Burnley 20.345
24 Corinthians 20.213
25 Portsmouth 18.765
26 Wigan 18.464
27 Palmeiras 18.425
28 Internacional 18.323
29 Sport 17.896
30 Grêmio 17.776
31 Coritiba 16.817
32 Atlético-PR 16.280
33 Botafogo 14.373
34 Náutico 13.863
35 Vitória 13.391
36 Goiás 11.944
37 Avaí 9.983
38 Santos 9.242
39 Santo André 4.796
40 Barueri 3.691

Público na Premier League por % de ocupação
Clube - média - capacidade do estádio - ocupação
1 Arsenal 59.882 - 60.432 - 99.0%
2 Manchester United - 74.901 - 75769 - 98.8%
3 Wolverhampton 28.134 - 28.525 - 98.6%
4 Tottenham Hotspur - 35.803 - 36310 - 98.6%
5 Chelsea - 41.384 - 42.055 - 98.4%
6 Manchester City - 46.101 - 48.000 - 96.0%
7 Liverpool - 43.403 - 45.362 - 95.6%
8 Hull City - 24.090 - 25.404 - 94.8%
9 West Ham - 33.335 - 35.647 - 93.5%
10 Fulham - 24.345 - 26.600 - 91.5%
11 Everton - 36.943 - 40.394 - 91.4%
12 Portsmouth - 18.765 - 20.688 - 90.7%
13 Burnley - 20.345 - 22.546 - 90.2%
14 Aston Villa - 37.780 - 42.551 - 88.7%
15 Stoke City - 24.193 - 28.384 - 85.2%
16 Blackburn - 25.977 - 31.367 - 82.8%
17 Sunderland - 40.552 - 49.000 - 82.7%
18 Birmingham - 24.268 - 30.009 - 80.8%
19 Bolton - 21.439 - 28.723 - 74.6%
20 Wigan - 18.464 - 25.138 - 73.4%


Fãs do Sunderland no Stadium of Light: média melhor que a de todos brasileiros

A caretice e o "politicamente correto" tornam estádios de SP quase "túmulos"



Na virada do ano, vi em DVD "23 Anos em 7 Segundos", documentário que conta a saga do Corinthians na busca por um título de campeão, o que aconteceu em 1977 após mais de duas décadas de jejum. O filme é muito interessante, pelos depoimentos e especialmente imagens da época.

E nesses registros históricos, é possível ver um Morumbi diferente do atual. No lugar do clima frio de tantos jogos, com bandeiras proibidas e uma série de restrições, muitas delas tolas, havia uma atmosfera de... estádio de futebol. Algo que falta, inclusive, à maioria das "arenas' europeias.

Tal cenário ainda pode ser visto no Brasil, não só no Maracanã, onde as festas das torcidas cariocas ainda são belíssimas, como em Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, etc. Mas em São Paulo, o estádio virou um lugar frio, sem a vibração de outros tempos. Quase um "túmulo" em alguns jogos.


Aquela final de campeonato paulista de 1977 foi marcante. Mas de 146 mil pessoas num Morumbi repleto de bandeiras. Um espetáculo. A entrada em campo foi memorável. Mas os mastros foram proibidos pelas ditas autoridades. Alegam que podem ser usados como armas em brigas.
De fato, no passado, eventualmente, isso até acontecia. Mas era muito raro. E a impossibilidade de agitar bandeiras nas arquibancadas ajudou a fazer dos estádios de São Paulo locais mais frios, sem o brilho que elas proporcionam ao espetáculo. E, claro, a decisão não afastou a violência, todos sabem.

É a praga do politicamente correto, mais uma vez. E essa caretice enche o saco. Bandeiras? Não pode. Rolos de papel na entrada em campo? De jeito nenhum. Foguetórios? Ah, é perigoso. Um verdadeiro porre. Querem transformar futebol em que afinal? Ópera?

Qual o problema em se colocar alguns elementos que retirem do gramado o papel atirado na entrada em campo antes do jogo? Gerariam alguns empregos, pelo menos. E por que não foguetórios feitos profissionalmente, como no reveillon carioca? Não é um show?

No Rio de Janeiro, o narrador Waldir Amaral, um dos maiores nomes do rádio esportivo, repetia após cada gol: "Uma tempestade de bandeiras saudando o primeiro tento do ..." Hoje, se fosse vivo, ele jamais poderia utilizar tal bordão em jogos disputados em São Paulo.

As fotos deste post registram um tempo em que as torcidas paulistas levavam suas bandeiras ao estádio e nos vídeos abaixo, a festa corintiana em 1977 e o recibimiento da hinchada do Racing ao time argentino antes do clássico com o Independiente, em setembro. Isso também é futebol.

torcida do Grêmio, atualmente

Mulheres deram para beber

Eu insisto em não acreditar: um terço das pessoas que são flagradas embriagadas nos bafômetros em São Paulo são mulheres.

Assim é que, não mais que de repente, começou a crescer na capital paulista, durante as blitze da Lei Seca, o índice de mulheres embriagadas ao volante.

Até entre as mortes violentas no trânsito, começa a aparecer o perfil das mulheres como envolvidas nos acidentes.

***

Sem dúvida que espanta essa estatística. A imagem que nós todos temos das mulheres ao volante é de pessoas cuidadosas, delicadas, incapazes de agredir com manobras arriscadas, dispostas a deixar os outros passarem, sem querer ultrapassar a qualquer preço os outros motoristas.

Os guardas de trânsito de São Paulo também tinham essa imagem. Nem davam bola para mulher ao volante, sabiam que era quase impossível mulher embriagada ao volante.

Mas foram aparecendo algumas e agora já são um terço dos infratores as mulheres, talvez porque a polícia se alertou e passou também a fiscalizá-las.

Acontece que, quando os maridos e namorados bebiam, davam as chaves de seu carro para as mulheres. E elas passavam imunes pela fiscalização.

De repente, começaram a soprar os bafômetros também as mulheres, e os testes com elas passaram a dar positivo.

Ou seja, quando o marido ou namorado bebe, sua mulher bebe junto. E, se ele apresenta álcool no sangue, ela também apresenta.

***

Além disso, a estatística revela que a ascensão social da mulher levou-a também a incorporar hábitos nocivos que eram mais próprios dos homens.

***

O álcool é o mal do século. Seus efeitos na conduta humana são mais danosos do que os das drogas.

Esses dias, o delegado Llantada, da Delegacia de Homicídios, estava declarando que, entre as dezenas de homicídios havidos nos feriados de Natal, grande parte das mortes verificou-se na onda do álcool, quando os que mataram e também os que morreram encontravam-se embriagados na hora do crime.

O álcool mata no trânsito e fora do trânsito. Mata nas relações conjugais e mais do que mata: a maioria dos maridos que espancam suas mulheres está sob efeito do álcool.

Não há maneira mais fácil que drogar-se, basta ir ao bar da esquina ou então comprar cerveja e vinho do supermercado, e pronto: eis ali um bebedor transtornado, dentro ou fora de casa, muitas vezes ao volante.

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Se o crack, a maconha ou a cocaína encontram milhões de adeptos, imaginem o álcool.

Todos os dias, a televisão e os jornais salientam os malefícios das drogas ilícitas. Ainda assim, viciam-se milhões de pessoas, que desdenham das campanhas públicas contra as drogas.

Imaginem com o álcool, a totalidade da mídia, principalmente a televisão, passa o dia inteiro fazendo campanhas a favor do álcool. Não há como resistir ao apelo das cervejas e dos vinhos na televisão.

A cada dia, novos adeptos vão se juntando aos antigos. E temos formada, então, uma legião de pessoas aptas aos transtornos, aos conflitos, às brigas e aos crimes.

Dá para imaginar o número de vítimas que o álcool faz no cotidiano das cidades. É uma catástrofe.

*Texto publicado hoje na página 39 de Zero Hora.

autor: Paulo SantAna